17h30
EA2 - Torre Norte, IST-Alameda
filmes seguidos de lanche e conversa
Dia 19
The Bottom Line: Privatizing the world de Carole Poliquin
Para alguns uma hipótese de negócio, para outros a exploração da escassez na sua forma mais extrema. Este programa desafia a alarmante pressa empresaria em transformar em bens a adquirir os recursos naturais mais comuns - como água potável ou genes humanos. Proponentes do bem comum falam em nome de temas controversos como exportar água do Canadá, criar sementes híbridas impondo o seu uso a agricultores, patentear a sequência genética BRCA1, lutar contra a entrega livre de medicamentos contra o HIV, entre outras. Pode a comunidade humana sobreviver se elementos essenciais à vida (como água ou cuidados médicos) e os fundamentos da vida (genes) se transformam em bens comerciais? Na luta entre os direitos humanos e os direitos empresariais, quem sairá vencedor?
Dia 20
Every Step You Take de Nino Leitner
Com cerca de 4 milhões de câmaras de vigilância, a Grã-Bretanha é, de longe, o país mais vigiado do mundo. Cada londrino é filmado cerca de 300 vezes por dia. Como é que isto é possível no país que viu nascer George Orwell? Quais foram as faíscas que deram origem a este desenvolvimento? Porque é que outros países não copiaram este esquema, se eles são assim tão bem sucedidos como o Home Office e a polícia dizem? Houve de facto um efeito real na redução do crime ou foi a CCTV introduzida apenas por descargo de consciência? Há alguns interesses por trás da proliferação da CCTV?
Tentando responder a questões como estas, o documentário "Every Step You Take" de Nino Leitner analisa a fundo este fenómeno britânico: a vídeovigilância à escala nacional. Esta investigação em vários países desvenda segredos que deveriam preocupar todos os Europeus...
Tentando responder a questões como estas, o documentário "Every Step You Take" de Nino Leitner analisa a fundo este fenómeno britânico: a vídeovigilância à escala nacional. Esta investigação em vários países desvenda segredos que deveriam preocupar todos os Europeus...
Dia 21
Lisboetas de Sérgio Tréfaut
O documentário político Lisboetas tem o mérito de espelhar pela primeira vez as condições em que vivem milhares de imigrantes em Lisboa. No Nimas assisti não só ao filme, mas às reacções de um casal oriundo da Europa do Leste que estava sentado nas cadeiras da frente. O casal ria-se e via com interesse as imagens que passavam no filme. Chegavam-se a identificar com as estórias. O documentário político acaba por fazer rir por diversas vezes os espectadores, no entanto, estamos todos a rir-nos de muita miséria.
Um dos aspectos mais focados é a falta de humanismo da máquina estatal onde nem umas fotocópias tiram, além disso, existem muitas outras situações como a procura de trabalho, a questão da língua, a questão do álcool, da saudade por quem deixaram no país de origem. Curioso é o facto de no documentário não se falar do racismo, talvez pela razão destes emigrantes serem os veradeiros lisboetas.
O filme não consegue tocar na questão do tráfego humano, na prostituição e nas máfias, no entanto, revela ao espectador a realidade da maioria dos imigrantes lisboetas. É dos filmes em exibição que pode provocar várias sensações, de riso, de choro, de compaixão. Tudo aquilo acontece, a alguém que passa por nós na rua.
Com quase 70 horas de filmagens, Sérgio Tréfaut "poderia muito facilmente ter feito um manifesto". Mas não quis. Ainda assim este é um filme assumidamente político. Chamar-lhe Lisboetas, reconhece Tréfaut, é já "um acto político de dizer, meus caros amigos, lisboetas são pretos, têm olhos rasgados, falam russo com sotaque brasileiro. É assim. Não são só os que comem sardinhas em Alfama. A cidade é outra". DN
Um dos aspectos mais focados é a falta de humanismo da máquina estatal onde nem umas fotocópias tiram, além disso, existem muitas outras situações como a procura de trabalho, a questão da língua, a questão do álcool, da saudade por quem deixaram no país de origem. Curioso é o facto de no documentário não se falar do racismo, talvez pela razão destes emigrantes serem os veradeiros lisboetas.
O filme não consegue tocar na questão do tráfego humano, na prostituição e nas máfias, no entanto, revela ao espectador a realidade da maioria dos imigrantes lisboetas. É dos filmes em exibição que pode provocar várias sensações, de riso, de choro, de compaixão. Tudo aquilo acontece, a alguém que passa por nós na rua.
Com quase 70 horas de filmagens, Sérgio Tréfaut "poderia muito facilmente ter feito um manifesto". Mas não quis. Ainda assim este é um filme assumidamente político. Chamar-lhe Lisboetas, reconhece Tréfaut, é já "um acto político de dizer, meus caros amigos, lisboetas são pretos, têm olhos rasgados, falam russo com sotaque brasileiro. É assim. Não são só os que comem sardinhas em Alfama. A cidade é outra". DN
Apareçam!
3 comentários:
"MISTA"?
...alternativos, dizem eles...
é portanto alternativo mandar newsletter ATRASADAS???
...recebi hoje (dia 20) o aviso sobre filmes que vão dar dia 19 e 20.
boa!
Olá,
De facto tens razão, é um atraso lamentável, mas o email não foi enviado por nós e portanto não nos podes culpar.
Quem envia estes emails para todos/as é o Conselho Directivo do IST e nós enviámos o email a ser reencaminhado logo na quinta-feira. No entanto apenas o enviaram na 3ªfeira à tarde, por indisponibilidade da pessoa responsável.
Beijinhos e Abraços,
MISTA
ler todo o blog, muito bom
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