quarta-feira, 30 de abril de 2008

O MISTA apoia o MayDay

O ano passado, a iniciativa MayDay (já existente noutras cidades da Europa) chegou a Lisboa, juntando algumas centenas de pessoas contra a precariedade no trabalho e na vida. A iniciativa foi apoiada pelo MISTA, que trouxe para o Instituto Superior Técnico a discussão da temática da Precariedade, através da organização de um debate, e a divulgação de todas as iniciativas relacionadas com o MayDay.

Este ano o MISTA continua a apoiar o MayDay. Esta questão é cada vez mais importante nos dias de hoje. A sua realidade toca muita gente e, ao contrário do que se possa pensar, as/os estudantes do Técnico não são excepção. Divulgamos assim alguns dados que tentam mostrar esta realidade, que muitas pessoas poderão desconhecer.

  • Em Portugal um em cada três trabalhadores não tem contrato permanente.
  • Precariedade significa menos salário: em média, os precários recebem menos 26% do que os trabalhadores permanentes.
  • Um em cada sete trabalhadores vive na pobreza.
  • O número de contratados a prazo duplicou na última década, representando já 21,5% da população empregada por conta de outrem.
  • Segundo o INE, entre 2005 e 2007, os empregos com contratos permanentes diminuíram em 40 mil, enquanto os trabalhadores com contratos a termo aumentaram 92 mil.
  • A Administração Central conta com 117 mil precários, sem contar subcontratados através de ETTs (empresas de trabalho temporário).
  • Mais de 90% dos contratos a prazo não evolui para um estatuto estável
  • Nos jovens trabalhadores (16-30 anos) a precariedade atinge mais de 70%.
  • Nos jovens trabalhadores (16-30 anos) o desemprego chega a 16,3%.
  • Após deixarem o ensino, os jovens demoram, em média, dois anos a encontrar emprego e quatro anos e três meses a encontrar um emprego permanente.
  • Um em cada cinco estudantes do ensino superior é trabalhador.
  • O desemprego de jovens licenciados ronda os 30%.
  • Em Portugal, há cerca de 260 ETTs (empresas de trabalho temporário) autorizadas, um negócio que cresce 15% a 20% ao ano. Cerca de 400 mil trabalhadores estão enquadrados por ETTs (um aumento de 41%, entre 2003 e 2006).
  • O trabalho a tempo parcial ultrapassou os 12% da população empregada em 2006, um recorde em dez anos. Este contingente quintuplicou entre 2001 e 2006 e é composto sobretudo por mulheres.

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